Conceito
Depressão pós-parto é uma doença que se manifesta a partir da terceira ou quarta semana após o parto. Ela pode atingir qualquer uma de nós, variando somente o grau que ela se manifesta, desde sintomas mais leves chegando a casos graves, como a psicose pós-parto. Não existe uma única causa, mas um dos fatores importantes para o seu aparecimento é a queda brusca dos hormônios com o fim da gravidez.
História da doença
Eis que você descobre que está grávida. Tudo é novo, sentimentos misturados de ansiedade, incerteza e alegria e longos nove meses se passam. Você, durante a gravidez, idealizou o seu bebê, o parto, os cuidados que você terá com ele, tudo perfeitinho dentro da sua cabeça. E o dia chegou! Não importa o tipo de parto (não entrarei nessa questão pois depende de muita coisa). O seu bebê nasceu e depois de alguns dias todo mundo segue pra casa para começar a nova etapa. Agora é só alegrias, certo??? Nem sempre…
De repente você perde as horas de sono, não tem mais tempo pra você, o parto não foi exatamente aquilo que você esperava ou idealizava. Além de tudo, amamentar dói mais que você imagina e ainda por cima tem um pequeno ser ali que depende quase que totalmente de você. A insegurança da mãe, principalmente com o primeiro filho é muita, mesmo que ela tenha lido 1 milhão de livros sobre o tema e tenha sua mãe e outras pessoas ajudando. A gente acha que não vai dar conta do recado…
Somando-se a isso tudo, ainda pode ter um filho mais velho ciumento, dificultando tudo ainda mais, problemas financeiros e falta de apoio do parceiro. Por isso, as reações de tristeza e stress da mãe são totalmente esperadas nesse começo.
Fatores emocionais
Como disse acima, a insegurança da mãe é muito comum. Muitas se recusam a trocar a fralda, curar o umbigo, dar banho, com medo de “quebrarem” o bebê. Deixam tudo pra avó ou pra babá fazerem por ela. A história pessoal e psicológica da mãe conta muito também. Um mulher que não teve uma infância feliz com pais presentes e amorosos, pode ter dificuldade em lidar com todo esse processo. Além de tudo isso, a mãe muitas vezes se acha feia ou menos atraente e sente como se faltasse o chão…
É assim mesmo que acontece. Um dia a gente está radiante de beleza, em plena feminilidade com aquele barrigão que dá até orgulho de ver e no outro dia você está descabelada, com leite vazando pelo peito, uma cinta que aperta a alma em volta da cintura e sem tempo pra quase nada. A gente realmente não se sente bonita não.
O perigo é quando a tristeza e o cansaço físico e mental (Síndrome de Burnout) tomam conta exageradamente. Se a tristeza durar mais do que 14 dias, é aconselhável procurar ajuda médica.
Quais os sintomas da depressão pós-parto?
A mãe começa a querer ficar sozinha, a não falar de si mesma pra ninguém nem sobre o bebê, chora facilmente por qualquer coisa, apresenta sentimento de culpa exagerado, sente tristeza e/ou desespero frequentes, fica muito ansiosa e tem dificuldade para se concentrar. Nos casos mais graves, a mãe se recusa a cuidar do filho e não suporta a presença dele, sendo um risco para a integridade física da criança e dela mesma. Na psicose, uma doença raríssima, as mulheres ficam muito agitadas, perdem o senso de realidade, podem ter alucinações e até correm risco de cometer suicídio e infanticídio (matar a criança). A intervenção médica deve ser imediata.
Existe algum fator de risco?
Algumas mulheres apresentam alguns fatores que aumentam o risco de apresentarem depressão pós-parto e às vezes o motivo da depressão pós-parto começa no pré-parto, antes de engravidar ou durante a gravidez. Mulheres que têm depressão antes ou durante a gravidez, sofrem de transtorno bipolar ou não têm apoio da família, apresentam mais chances de terem depressão pós-parto.
Leia também:
* Síndrome de Burnout (Esgotamento)
* Stress – como lidar com ele
Tem como prevenir?
Durante o pré-natal o obstetra pode tentar observar algum traço compulsivo da paciente ou depressão propriamente dita, mesmo durante a gravidez. Caso seja notado algum fator de risco, a mulher será encaminhada para fazer um acompanhamento psicológico ou psiquiátrico.
Tratamento
Primeiramente deve-se procurar um acompanhamento na psicologia ou psicanálise e, em casos mais graves, num serviço de psiquiatria. Caso se confirme o diagnóstico, geralmente é prescrito um antidepressivo próprio para essa fase. A família deve então tomar o controle da situação, cuidando do bebê e nunca pressionar a mãe. A mulher deve se sentir segura para melhorar, sem estar sobrecarregada de responsabilidades.
E o bebê?
Claro, não podemos nos esquecer dele. Todos sabemos como é importante a relação mãe-bebê, principalmente nos primeiros anos de vida do pequeno, que dirá nos primeiros meses. Caso a mãe precise se ausentar um pouco para se tratar, a família deve acolher o bebê, dando todo o amor e cuidados possíveis. Assim que a mãe estiver estável, aos poucos ela vai voltando a dar atenção ao filho, sem maiores consequências para ele.
Melancolia pós-parto
É uma pequena variação da depressão, que se inicia nos primeiros dias pós-parto. Seus sintomas são parecidos com os da depressão, mas a diferença é que aos poucos a mãe vai melhorando espontaneamente. Mesmo assim, é necessário observar os sintomas para que eles não evoluam para depressão.
eu sou médica, tive minha filha ha1 ano, e eu achava que tiraria de letra, que saberia fazer tudo pela minha filha, mas percebi que não era bem assim, quando ela nasceu, ja começou diferente do que eu esperava, 1 mes antes do previsto, com 34 semanas de gestação, bolsa estourou em casa, apos um dia mega cansativo de trabalho, eu não queria acreditar, demorei ainda para ir a emergência, particular esperei 12h, e nada de trabalho de parto, e minha obstetra nem quis saber de mim, estava de plantão em outro hospital e nao fez nada por mim. nesse dia descobri que ser médica não mudaria nada, estava a mercer dos outros. isso ja me deixou muito triste, tive que por meios próprios para um hospital publico, onde me acolheram de verdade, e me deram segurança, minha filha nasceu de cesárea, fiquei 5 dias internada, e ela 6 dias, foram os piores dias da minha vida, eu m sentia mal, tava tudo errado, me preparei para outro evento, tudo doia, meu coração, meu corpo, meus peitos , e so quria chorar, quando fomos para casa, esse sentimento melhorou, pois me senti aconchegada em casa, tanto que nao queria sair mais, fiquei 3 meses em casa, tinha medo que algo acontecesse com a minha filha se eu saísse, e da muito trabalho sair com bebe, com 4 meses tudo ficou quase normal, porque voltei a trabalhar, meu equilibrio como pessoa voltou, e então eu entendi que passei por uma depressão pos parto leve.
Nossa Carolina… Eh isso mesmo… A gte não dá conta que está deprimida!!! Os hormônios estão loucos e uma frustração atrás da outra… Sei exatamente como é… Mas tenho certeza de que sua próxima gravidez (qdo for a hora) será maravilhosa como foi a minha 😘😘😘