Menopausa e Climatério

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O que é climatério e menopausa?

O climatério é o período de transição que se inicia por volta dos 40 anos de idade e termina na menopausa que se dá naturalmente por volta dos 50 anos. Entende-se por menopausa a falta da menstruação por no mínimo um ano. Existe uma grande variação da idade desse período, podendo ir desde os 35 até os 60 anos.

Devemos sempre pensar que na fase do climatério o seu médico ginecologista deve estar disposto a te ensinar hábitos de vida mais saudáveis e de prevenção da saúde a fim de prolongar ao máximo a sua energia física, mental e sexual. Demos estar atentas que, mesmo que você se cuide, durante essa fase acontece uma perda da calcificação óssea levando à osteoporose, taquicardia (palpitações), dores de cabeça, atrofia vaginal, dentre outras.

Menopausa e sexualidade

Com a queda hormonal (estrógeno e testosterona), a menopausa acaba influenciando de maneira negativa o desejo sexual e a feminilidade para algumas mulheres, ainda mais numa sociedade que supervaloriza a juventude e acaba “punindo” o corpo maduro, os cabelos brancos, as rugas e a flacidez da pele. Temos que continuar cientes que a beleza existe em qualquer fase da vida e não tem nenhuma relação com a idade, e sim com mente.

Existe sim, sexo em idade madura! A intimidade não precisa morrer junto com os hormônios femininos. Num relacionamento maduro a dois, existe a cumplicidade, o carinho mútuo e a busca do prazer que fazem parte da sexualidade amadurecida.

Não podemos deixar de salientar que a queda da testosterona reduz bastante a libido e a resposta sexual feminina e muitas mulheres simplesmente se conformam e nada fazem para mudar esse quadro.

Os famosos fogachos (calores)

Os fogachos são sintomas muito frequente na menopausa e ocorrem em 75% a 80% das mulheres. É uma sensação de calor espontâneo associado à transpiração, palpitação e ansiedade e têm uma certa frequência durante o dia e durante a noite. Acontecem por modificações do vasos sanguíneos com a queda do hormônio feminino e varia de mulher para mulher.

Podem começar antes da menopausa propriamente dita (1 ano sem menstruações), sendo mais percebidos nos primeiros dois anos após a menopausa e então vai diminuindo gradualmente. Sua duração varia de seis meses a dois anos, podendo durar décadas, segundo alguns autores (essa parte não deve ser muito legal…).

Outros sintomas

Além dos sintomas descritos acima, ainda temos:

1) Ressecamento vaginal: com consequente dor na relação sexual.
2) Síndrome uretral: irritação, urgência e dor na hora de urinar e perda inconsciente de urina.
3) Redução da vascularização genital: reduz a lubrificação vaginal.
4) Dificuldade de atingir o orgasmo.
5) Flacidez das mamas.
6) Insônia.
7) Irritabilidade
8) Diminuição da memória.

Tratamento

São duas linhas de tratamento dos sintomas: os hormonais e não-hormonais.

1) Hormonais: faz a reposição do estrogênio e/ou progesterona. Traz de volta a lubrificação vaginal e redução ou extinção da dor durante o sexo, melhora o sono e a memória e reduz de 80-90% dos fogachos. É indicada somente para as mulheres que apresentem muitos sintomas e que não tenham história de problemas sanguíneos, como tromboembolia, câncer de mama, câncer de endométrio e doença hepática. O tratamento deve ser individualizado e a menor dose efetiva estabelecida.

2) Não-Hormonais: Desde mudanças de comportamento, como prática de exercícios físicos e perda de peso, e também antidepressivos, como a paroxetina, venlafaxina e gabapentina, mas nenhum desses medicamentos é tão eficaz quanto à terapia com hormônios e podem causar efeitos colaterais como distúrbios sexuais. Por último, mas ainda sem comprovação científica, existe a terapia à base de fitoestrogênios (isoflavonas) que são encontradas na natureza e têm muita semelhança química com o estrogênio. Estão principalmente em sojas, lentilhas, feijão, grãos integrais, frutas (amora), cereais e em seus principais derivados como tofu, missô, óleo de soja, óleo de oliva e óleo de linhaça.

Considerações finais

A mulher na menopausa pode ter muita dificuldade em ter uma vida social que costumava a ter antes e acabar preferindo ficar em casa para evitar de passar pelos fogachos perto das outras pessoas. A falta de lubrificação vaginal leva ao ressecamento e dor durante a relação e muitas mulheres acabam evitando o sexo para não sentirem dor ao invés de procurarem ajuda médica. Uma pequena parcela de mulheres (sortudas) não apresentam esses sintomas e continuam a viver sem muitas mudanças físicas e psicológicas.

Procure seu ginecologista se você não está satisfeita com essa transição ou se alguma coisa está te perturbando. Existe tratamento e você não está sozinha. Não pense que sua vida acabou de jeito nenhum! Toda vida é para ser vivida com qualidade!

Pra terminar, um poema de Luan Jessan que retrata bem o que eu disse 😘

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