Câncer de Pele & Filtro Solar

câncer de pele e filtro solar

Oi meninas!!!

Falar do câncer de pele e de sua prevenção é essencial hoje e sempre. Quem não gosta de ir à praia e ficar com aquelas marquinhas de biquíni que todos ficam com inveja só de olhar? E o clube no fim de semana ou num sítio com os amigos horas e horas na piscina? Pois é…. tudo isso é muito gostoso e prazeroso, mas a sua pele, se não protegida adequadamente, um dia pode pedir conta….

A maioria das pessoas só se lembra do filtro solar quado vai pra praia ou clube, mas no dia a dia na cidade, nem se dão conta que estão expostos ao mesmo sol. E não é só cuidar do rosto não, gente, é do corpo! Principalmente das áreas mais expostas como pescoço, colo, braços e mãos.

Sempre houve uma preocupação com a exposição solar e risco de câncer de pele. Já está mais do que provado na literatura a influência da radiação ultravioleta do sol (UVA e UVB) sobre os melanócitos da pele. Melanócitos são células especializadas que produzem melanina, um pigmento que dá cor aos olhos, cabelos e pele, nos protegendo dos efeitos danosos do sol. Elas estão localizadas na camada mais profunda da epiderme.

Entendendo um pouco sobre os raios ultravioletas

A luz do sol quando atinge a Terra se divide em raios UVA e UVB. Quando chegam na nossa pele, eles penetram profundamente e causam reações como queimaduras solares, as fotoalergias (alergias desencadeadas pela luz solar) e o bronzeamento. Os efeitos dessas radiações vão se acumulando na pele ao longo da vida, causando envelhecimento e alterações que podem levar à formação do câncer de pele.

A radiação UVA penetra profundamente na pele e é a principal responsável pelo envelhecimento e pelo câncer de pele. Por outro lado, a radiação UVB age mais superficialmente e é mais intensa entre as 10h e 16h, sendo a grande causadora das queimaduras solares e vermelhidão na pele.

Quais os cânceres de pele mais comuns?

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) relata que o número de novos casos de câncer de pele giram em torne de 135 mil a cada ano, sendo 25% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil. Eles são divididos em não-melanoma, e melanoma. A exposição excessiva ao sol é a principal causa da doença que é causada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Os tipos de cânceres não-melanomas mais comuns são os basocelulares e os espinocelulares. Mais raro e mortal, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele.

Carcinoma Basocelular

câncer de pele

É o mais comum entre todos os tipos de câncer. Como o próprio nome diz, ele aparece nas células basais, que se encontram na camada mais profunda da epiderme. Têm baixa mortalidade e podem ser curados se forem diagnosticados precocemente. Aparecem nos lugares que ficam mais expostos ao sol, como o rosto, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. O tipo mais encontrado é um nódulos ulcerado, o seja, que tem uma depressão central que sangra com facilidade.

Carcinoma espinocelular

câncer de peleÉ o segundo mais comum dentre todos os tipos de câncer. Ele se origina das células escamosas que se encontram nas camadas mais superficiais da pele. Pode aparecer em qualquer parte do corpo, exposta ou não ao sol. É duas vezes mais frequente nos homens do que nas mulheres e a exposição excessiva ao sol é a principal causa desse tipo de câncer, mas não é a única. Alguns casos da doença estão associados a cicatrizes e feridas na pele de longa duração, uso de drogas em transplantados, exposição a certos componentes químicos ou à radiação. Normalmente têm coloração avermelhada e se parecem com machucados ou feridas que se descamam e nunca cicatrizam, podendo também sangrar.

Melanoma

câncer de peleTem origem nos melanócitos, é o mais raro e o que tem a maior mortalidade de todos. Embora cause pânico o seu diagnóstico, a grande maioria (90%) pode ser curada se diagnosticada precocemente. O melanoma parece uma pinta ou um sinal de nascença em cores marrons ou pretas. O grande diferencial é que mudam de cor, de forma, de tamanho e podem sangrar. Acometem principalmente pessoas de pele clara (olhos azuis, verdes ou castanhos, que têm sardas, cabelo loiro ou ruivo e que quase sempre se queimam quando se expõem ao sol), mas também pode acontecer aos de pele morena e negra, mesmo que raramente.

Em estágios iniciais, o melanoma fica na camada mais superficial da pele e é de fácil remoção com alto índice de cura. Em estágios mais avançados, a lesão se aprofunda e as chances de se espalhar pela corrente sanguínea e reduzir as chances de cura são maiores. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental. A hereditariedade também tem papel importante no desenvolvimento do melanoma, condicionando os familiares a se submeter a exames preventivos com regularidade.

Leia também: * Dicas para curtir o verão sem exagerar no sol

A regra do ABCD do Câncer de pele

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) criou uma regrinha muito prática e conhecida chamada “regra do ABCD” que pode ser utilizada pela população em geral a fim de identificar uma suspeita de câncer de pele e com isso facilitar o reconhecimento e o diagnóstico precoce da doença. É bem simples, olhem só:

A – Assimetria

câncer de pele

Assimétrico: maligno

câncer de pele

Simétrico: benigno

B – Borda

câncer de pele

Borda irregular: maligno

câncer de pele

Borda regular: benigno

C – Cor

câncer de pele

Dois tons ou mais: maligno

câncer de pele

Tom único: Benigno

 D – Dimensão

câncer de pele

Superior a 6mm: provavelmente maligno

câncer de pele

Inferior a 6mm: provavelmente benigno

Como se prevenir?

A melhor maneira de prevenir o câncer de pele e também retardar o  processo de envelhecimento da pele é evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele com um bom filtro solar, chapéus e outros. As seguintes medidas de proteção são recomendadas:

1) Usar filtro solar, chapéus de abas largas, camisetas e óculos de sol. 2) Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16h (horário de verão). 3) Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon deixam passar 95% dos raios UV pelo material. 4) Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou diversão. Os filtros devem proteger da radiação UVA e UVB e o fator de proteção solar (FPS) deve ser, no mínimo, 30. Se estiver fazendo atividades ao livre ou na água, reaplicar o filtro a cada duas horas. No dia a dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã (rosto e corpo) e reaplicar antes de sair para o almoço, mesmo quando o tempo estiver frio ou nublado, pois a radiação UV atravessa as nuvens. 5) Observar a pele regularmente procurando de pintas ou manchas suspeitas. 6) Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo. 7) Manter bebês e crianças protegidos do sol. Vale camisetas, blusa de manga comprida, chapeuzinho de pano tampando a nuca… Lembrando que os filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses de idade.

Filtros Solares

Os fotoprotetores são produtos capazes de prevenir os danos provocados pela exposição solar, como o câncer da pele, o envelhecimento precoce e a queimadura solar. O filtro ideal deve absorver tanto os raios UVA e UVB, ter certa resistência à água  e não manchar a roupa. Os protetores físicos são à base de dióxido de titânio e óxido de zinco, e se depositam na camada mais superficial da pele, impedindo a entrada das radiações solares.

>>> Fator de proteção até 15: baixa proteção contra a radiação UVB: >>> Fator de proteção entre 15 e 30: média proteção contra UVB; >>> Fator de proteção entre 30 e 50: alta proteção UVB; >>> Fator de proteção maior que 50: altíssima proteção UVB.

Já em relação aos raios UVA, não há consenso quanto à metodologia do fator de proteção. O valor que mede a proteção UVA deve ser sempre no mínimo metade do valor do FPS. Isso porque se sabe que os raios UVA também contribuem para o risco de câncer de pele.

Como escolher um filtro solar?

câncer de pelePrimeiramente devemos escolher um bom fator de proteção (no mínimo 30) e verificar se ele é resistente à água ou não. O “veículo” do produto pode ser em gel, creme, loção, spray ou bastão e deve ser escolhidos de acordo com o seu tipo de pele para não causar acne nem aumentar a oleosidade. Pacientes com tendência a acne devem optar por produtos sem óleo ou então gel creme. Já aqueles pacientes que fazem muita atividade física e que suam bastante, devem evitar os géis, pois saem facilmente.

Bronzeamento artificial e saúde

Uma Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) publicada em dezembro de 2009 proibiu a prática de bronzeamento artificial por motivações estéticas no Brasil. Desde então, outras países com taxas elevadas de câncer da pele, como Estados Unidos e Austrália, também tomaram medidas para dificultar a realização do procedimento. A prática de bronzeamento artificial antes dos 35 anos aumenta em 75% o risco de câncer da pele, além de acelerar o envelhecimento e provocar outros problemas de pele.

Conclusão

Nem toda pinta que parece ser bobinha deve ser deixada de lado, principalmente se ela começar a mudar de característica com o passar do tempo. Somente um dermatologista poderá fazer o diagnóstico correto. Você pode mapear suas pintas através do exame de Dermatoscopia Digital, mais indicado para aquelas pessoas que possuem muitas pintas pelo corpo ou têm histórico familiar de câncer de pele.

Como vocês viram, a radiação solar é sorrateira e seus danos vão se acumulando na pele aos poucos, durante longos anos. Ensinem seus filhos a usarem filtro solar diariamente como parte da rotina e não se esqueça de REAPLICAR!!! Se tiver dúvida em alguma pinta ou mancha, não espere pra ir a um dermatologista… é melhor ter certeza de que realmente não é nada do que ficar com uma lesão maligna em estágio inicial sem saber. Que tal gastar mais com filtro solar e menos com cremes e produtos anti-idade?  😀

Para as vaidosas que se maquiam diariamente como eu, farei outro post em breve sobre como se maquiar sem perder a proteção solar 😆

Espero ter ajudado! Se ainda tiver duvida, comente ou deixe uma ideia para um novo post 🙂

Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia

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